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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Cara de bambu mossô...
Semana passada uma grande amiga explicou que precisamos atualizar nossas expressões coloquiais, sob pena de repetir coisas do tipo "caiu a ficha". Verdade seja escrita: para as gerações "X" e "Y", isso não faz nenhum sentido. "Como assim tia? Não entendi. Que ficha?" Não foi à toa que ela me alertou. Minha amiga estava de saco cheio de ouvir sempre a mesma coisa. Ops! "Saco cheio" também é algo que devo evitar quando me referir ao gênero feminino, concorda? Como ia dizendo, ela sugeriu que eu passasse a utilizar "cara de bambu mossô" em vez de "cara de paisagem". Fiquei tão intrigada na hora que aceitei conformada o conselho. Mas ao chegar em casa, recorri ao anjo Google para rastrear os diversos significados que os três vocábulos possuem. Busquei conceitos, imagens, vídeos, enfim, tudo que me desse alguma pista do que estaria por trás daquelas sábias palavras. Infelizmente não tive sucesso. Cheguei à conclusão de que meu atual estágio evolutivo não permite alcançar o raciocínio dela. Mas também não impede de adotar a expressão inusitada. Fiz isso no passado, quando precisei substituir o termo "anta", sinônimo de pessoa (levemente) obtusa. Por falta de algo melhor, copiei a fórmula de outra grande amiga que havia inventado níveis diferentes para as diversas antas que encontrava em seu caminho. Somente "anta", "anta de tênis" ou, a melhor delas, "anta de patins". Foi divertido no início, mas hoje considero tais denominações insuficientes. Preciso de algo mais assertivo. As antas que conheci ultimamente são insuperáveis. Tão insuperáveis que resolvi usar a expressão "anta míope de tênis e patins com cara de bambu mossô". Que tal? O risco que corro é a criação voltar-se contra a criadora. Mas, como diria minha mãe: "quem nunca foi anta na vida que atire a primeira pedra" ...
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