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sábado, 12 de março de 2011

A lei do Carnaval

Dizem que no Brasil o ano só começa depois do Carnaval.
Se isso não é verdade, deveria ser. E mais. Deveria haver uma lei obrigando todos os países do mundo a brincarem o seu próprio Carnaval.
Convém aos povos e nações terem um rito de passagem como esse a cada início de ano. Funcionaria como uma espécie de banho de humanidade, com cheiro de música e serpentina. As pessoas poderiam comemorar juntas a liberdade. Aquela genuína liberdade de poder libertar um ao outro. Ao som do axé regado ao dendê, do arrasta-pé dos bonecos gigantes, do samba trigueiro e de todos os outros gingados que compõem nossa bateria verde e amarela. A folia pulsaria em nossas veias e abriria alas para o sangue percorrer a avenida do corpo, lembrando que ainda estamos vivos. Dançaríamos até perder a razão, e mudaríamos o ritmo de nossas escolhas, cada dia mais egocêntricas e descompassadas.
Felicidade ou Segurança? Provoca-nos a enquete do blog. Sob qual referencial escolher? Nosso? Do outro? Embaixo ou em cima das árvores? É preciso coragem para por e tirar fantasias, conforme a perspectiva que nos é revelada. Quem me ensinou isso foi Cosme, o Barão de Rondó, cria do escritor Italo Calvino que, cá entre nós, também gostava de Carnaval ou não teria imaginado uma aventura inteirinha pulando personagens de galho em galho, sobrevivendo à VIDA com paixão. Falando Nela, eis o segredo! Apaixonar-se sempre, como faz o verdadeiro folião. É por isso que defendo a tal lei, que transformaria o Carnaval em vacina obrigatória, com validade de um ano e 100% eficaz contra os vírus do PESSIMISMO, da MESQUINHEZ e da INDIFERENÇA.

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